Hoje fico mais velho, embora, claro,
tentando renovar minha cabeça e meu espírito.
E na busca dessa “Terra de Ninguém”
tenho encontrado muita gente.
Os que têm me dedicado grande amizade,
muito mais pela sua generosidade e boa vontade
do que pelo que tenho feito por eles.
Os que não me entenderam ou não os entendi,
certamente por causa das minhas fraquezas e limitações.
Já vivi bons e maus momentos.
Enfrentei algumas dificuldades,
que foram compensados com fatos que me proporcionaram extrema felicidade.
A soma das experiências, porém,
me dão prazer e entusiasmo em viver.
As boas mensagens dos meus pais
e de meus adoráveis conselheiros
ajudam-me a compreender e conviver com este mundo.
Esse mundo é bom.
Depende de como o vemos. Sou grato a ele.
Sou grato ao sol, à lua, às árvores,
ao vento, às águas, à areia, às estrelas,
aos pássaros e a todas as coisas do universo
que fazem parte da minha vida.
Sou grato a Deus e aos homens.
Quero, ainda mais,
fazer alguma coisa pelas pessoas,
procurando, através do amor e da fraternidade,
encontrar para nós e
“Terra de ninguém”.
Quero contribuir para a felicidade do mundo,
quero torná-lo um pouco melhor do que o encontrei,
pois, quando estiver na “Terra de ninguém”, eu sei,
só levarei a lembrança de que
passei por aqui.
11/07/84